DESESPERO VÃO
Na distância, no tempo,
Aliena-se, a esperança,
E, uma vez, alienada,
Se enfraquece e se cansa...
Ante a isso, não se espera,
Pior que isso, se desespera...
Não sabe, ela, ter a calma do depois
Da procela da tempestade e,
Não se percebe a bonanza vindo,
Vindo e pairando por sôbre sua mão,
Usando a palma plana,
E o céu, logo, ficando límpido,
Faz lhe sorrir, por quanto,
O sol da alegria, em brilho, mas,
A esperança, ela não sorri,
Chora, calada, no aguardo,
Que o que ela espera
Não lhe demore e lhe aconteça,
Para o bem dela própria
E de quem à venera e zela...