MEUS ARDIS
Enquanto OLHO no espelho
o nú SILENCIADO das minhas
mãos,
me AMPARA uma voz que me
sussurra o DOM de ver
e VER que nada pode estar
FORA do lugar.
Nada ESTÁ fora de conceito,
nada PERDIDO
nem SEM jeito.
Os meus ARDIS gritam
de AGONIA, sem saber
das SUAS próprias intemperes
QUE nunca cessam.
Enquanto ME olho nú,
ESPELHO das minhas visões
se QUEBRA
e fecha a ESTAÇÃO
de trem que PASSA
em meu mundo
NA próxima noite DE
lua.