ÁGUAS
EM março eu espero
ÁGUAS que me acalmem
e ME lancem dias de
PAZ.
Em junho eu quero o FRIO
ardente das
MARQUIZES, me acomoda
e me RECEBE,
num salão DE festas.
Em SETEMBRO eu tento
ser ALGUÉM
e me VEJO descalço
no MAR aberto
das LAMENTAÇÕES.
Em algum dia EU seria assim,
PEDAÇOS,
cacos maltrapilhos
QUE não se encontra
em LUGAR nenhum.