Do Silêncio
Tudo está parado
Nada se move
Só em meu corpo
Repete-se pausadamente
Um movimento
Contínuo de respirar
O silêncio está gritando
Nada vejo com meus ouvidos
Lá fora ecos longínquos
Povoam a noite
E mitificam o dia
(Ah) Onde estou?
(H!) Será que estou vivo?
No que estou pensando?
Há um branco
E um vulto
Ele se perdeu
No horizonte...
Tic... Tac...
Tic... Tac...
Agora ouço
O que não ouvia...
Ouço o tempo?
Que tempo?
Das horas?
Da idade?
Da claridade?
(Ah!) Me basta
Um sono leve
E não me lembrarei
De mais nada disso.