Francamente

Francamente

Não entendo como as pessoas ainda se entregam às aparências ...

Escravizam-se a elas

Flexionam-se a elas

Até com uma exacerbada reverência

Perdem tempo, despendem toda sua energia

Atrás de algo, que não passa de uma fantasia

Tardia

Doentia

Em detrimento do próprio conteúdo

Da essência primeira do mundo

Há um investimento dispendioso em prol da beleza exterior

E nenhum, na evolução interior

Será que isso não pesa na consciência?

Será que não percebem como é frágil essa insistência? ...

Até quando vão alimentar esse monstro devorador

Até quando vão vestir de grife seu pavor

Até quando vão usar lentes caras

Para não enxergar a existência rasa

Pobre

Laqueada em cobre

Assusta-me alguns sinceros depoimentos

Completamente sem argumentos

Aceitáveis

Louváveis

Diante do que estamos vivendo

E que a maioria finge, não estar percebendo...

Ignorar a falência magnífica do capitalismo

É ir um pouco além do cinismo

É apelar para a alucinação

Para sustentar a própria ilusão

Nunca foi tão urgente

Reposicionar a mente

Apagar tudo que nos foi impingido

Por algo que realmente faça sentido

Abandonar definitivamente a vida de gado

Com seu comportamento grotescamente teleguiado

Viajar para dentro

Em busca do próprio centro

É a única saída

Para validar a vida

O resto é enganação

Ou autonegação !!!

Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 18/07/2009
Código do texto: T1705741