O VERBO DA MALDADE
Pessoas que terraplenam a chama da vida
Não podem ser vistas como a mais horrenda alcateia;
São, ao contrário, guardiões da longeva luzerna.
Sandálias e Alpercatas
Quais, inexoravelmente, incineravam
--- com o seu vulcânico solado ---
As Cataratas que escudassem
A Flora da Liberdade
Não deveriam desfilar pelas passarelas da sabedoria e da bondade
Como paladinas da orgânica magia:
Isto por serem, na verdade, fanáticas discípulas
Da cavalaria do tirânico sofisma:
Templo da sádica, vil e infame vaidade, sujidade, vilania!
Ah,
Quando as Sandálias e Alpercatas
Evocam o desejo
De manhãs infinitas
Para a orgânica magia,
Estão, de fato,
Relembrando, com saudade,
Do tempo em que prosperava
O eco do império
Do Verbo da Maldade.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA