A Pseudo Justo-Social

O susto de não se ver,

A ânsia do não tocar em si,

As facetas por não poder ir e vir,

Agrilhoada nos seus medos,

Preza a sua crença de culpa,

Nada ela pode fazer,

Pois no espelho a uma forasteira,

Nunca se viu,

Jamais se tocou,

Está preza aos laços da pueril correnteza,

O receio do purgatório,

A torna agônica e inacessível,

O desdenhar dos outros a deixa próxima a seus temores,

Nada há de puro na sua exceção,

Mulher que mata a vaidade,

Senhora mutiladora de desejos da carne,

E desdenhadora do ser do quer ser,

Não há fuga em suas expressões,

Muito menos verdade em seus atos,

Quando julga outra teme a si própria,

Afinal lhe falta coragem de seguir sua natureza,

Mas após o banho e a refeição,

No frio da noite,

No quarto escuro tudo vêm à tona,

Não há verdades ou mentiras para confortá-la,

Afinal nessa hora a pseudo justo social é escravo da consciência,

Sendo assim, tudo vêm e a mascara cai,

Lágrimas são testemunhas salgadas de sua solidão cotidiana.

Willians Rodrigues
Enviado por Willians Rodrigues em 17/07/2009
Código do texto: T1703847
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