segunda parte

três anos de mar...

vejo-o,

um ponto.

num ponto longínquo desse mar.

cansado de boiar me preparo

um nado voraz e direto!

até o ponto de terra

até o que me aterra

até o que me liga

e me completa

meu Ponto

minha direção

está lá o que quero?

estará lá o que anseio?

será que posso lá substituir o medo

por um pouco de sabor sem receio?

será que lá posso construir

sem destruir o aconchego?

ser-me da ponta do nariz

até o que me diz?

será o sábio

ou movediço?

ser mais do que gostaria de ser

e menos do que dizem

que é o bom de ser.

pois ser quem sou é o bom

e o que sou bom

é ser quem eu quero ser.

FlávioDonasci
Enviado por FlávioDonasci em 15/07/2009
Código do texto: T1701819