Sobre a vida(sejá lá o que isso signifique)

Eis aí tudo que aflige,

Tudo que me ampara,

Tesoura que apara desejos,

De solidão, de estar,

De nós, talvez,

Quem sabe o que há por trás

Das horas em suspenso,

Noites sem fim,

Fechando goteiras

Em meu telhado de vidro,

Pequenas gotas de ilusões

Perdidas no tempo

De lembranças inomináveis,

De dores escondidas

E deixadas para trás,

Tornaram-se vazias

Sorvidas, gota a gota

Sem, no entanto, saciar

A sede dos séculos

Que agora me seca a garganta.

Barbosa do Carmo
Enviado por Barbosa do Carmo em 15/07/2009
Código do texto: T1701139
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