Sobrevivendo aos meus demônios

Tudo que tenho é um coração enorme

Que mal cabe em meu peito

Tantas vezes me sufoca

Transborda....

Me sinto pequenina

Como folha diante de um furacão

Que tudo devasta

Tenho vontade de gritar

De me fazer ser ouvida

Mas de que adianta?

Os fantasmas que tudo assombra

Quero fugir

Me esconder

Mas do amor não se esconde

Seja onde for ele te acha

Percorro infindos caminhos

Peço socorro

Mas não há ajuda

Me afogo eu meu próprio pranto

Imersa em minhas conturbares frustrações

Procuro soluções

Mas não as encontro

Ganância, Hipocrisia...

Me sinto presa, acorrentada

Entre o medo e a fúria

Completo pandemônio

Sigo a vida assim...

Sobrevivendo aos meus demônios

Estou perdendo as forças

Entre essas crises de insônia

Queria arrancar de mim o que me atormenta

Mas como?

Sinto a vida se esvair

E eu aqui vegetando em minhas angústias

Prisioneira de meu castelo

Cúmplice do meu próprio desespero

Massacrada pela ilusão

Retida em minha ficção

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 13/07/2009
Código do texto: T1698087
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