Prisioneira de mim....

voltas vultuosas

me desprendo de minha alma

a procura estou

de que? para que?

Vou andando por entre trilhas

Sem saber onde estou

para onde vou

Mas sigo onde as pegadas me levam

Ouço passos

Olho e nada vejo

somente a minha própria sombra a me perseguir

Ou será meus pensamentos?

Neste instante me vejo presa a um emaranhado de conturbações

Ouço gritos...

sussurros...

Gemidos...

Mas não compreendo

Tenho medo...

Já não sei se prossigo

ou se fico...

De repente as vozes se fazem mais fortes

O pavor me paralisa

Eis que uma lágrima rola pela minha face

Lábios secos...

Coração acelerado...

Neste momento me desfaço

Desfaleço...

Passa o dia, passa as noites

e eu assim...

Atormentada, angustiada...

Prisioneira de mim.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 11/07/2009
Código do texto: T1694734
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