Poeira
A estrada é longa e solitária,
Piso numa poeira fina,
E deixo a marca da sandália
Nesse caminhar de menina.
No ar, suspenso, há uma dor
Poenta, sem cor, sem fedor...
E, mesmo que seja bem leve,
Curva esses meus ombros carentes;
Pesa; não é nada, nada breve.
Mas, nesse pó, sou viva fêmea
Seguindo o rastro da alma gêmea!
A estrada é longa e solitária,
Piso numa poeira fina,
E deixo a marca da sandália
Nesse caminhar de menina.
No ar, suspenso, há uma dor
Poenta, sem cor, sem fedor...
E, mesmo que seja bem leve,
Curva esses meus ombros carentes;
Pesa; não é nada, nada breve.
Mas, nesse pó, sou viva fêmea
Seguindo o rastro da alma gêmea!