Poeira



A estrada é longa e solitária,

Piso numa poeira fina,

E deixo a marca da sandália

Nesse caminhar de menina.



No ar, suspenso, há uma dor

Poenta, sem cor, sem fedor...



E, mesmo que seja bem leve,

Curva esses meus ombros carentes;

Pesa; não é nada, nada breve.



Mas, nesse pó, sou viva fêmea

Seguindo o rastro da alma gêmea!

MVA
Enviado por MVA em 10/07/2009
Código do texto: T1692260
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