Ela vem...

Era a mesma música, na noite silente...

Era a mesma voz que eu ouvi em pequenina...

Era a mesma sensação do abraço quente

Que me segurava quando era menina...

Era a mesma voz meiga que me ensinou a orar,

Era um canto suave, como um grande luar...

Era o mesmo perfume a me embriagar,

Era a mesma voz que me ensinou cantar...

E, no entanto... Aqui estou, nesta triste ladainha,

Com apertado coração dorido no meu peito

Sentindo uma saudade que tanto me espezinha...

Entendi: és tu que vens quando eu estou sozinha!

Embora eu não te veja; mas é o teu mesmo jeito...

- Confortas-me com tua presença, ó Mamãezinha...

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Nota: inspirado após ler um poema de Mário Quintana, dedicado à sua mãe.

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 06/07/2009
Reeditado em 06/07/2009
Código do texto: T1685001
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