Próximo ao canteiro das margaridas, um pequeno botão de rosa despontara prematuramente.
Solitária, a pequenina flor apaixonara-se pela singela
beleza das flores brancas e amarelas, suas vizinhas.
Espantadas com tamanha simplicidade, as margaridas viam naquele pequeno botão um exemplo singular de espantosa humildade, pois jamais souberam de uma rosa que não tomasse para si os ares de rainha.
O vento, experiente e desconfiado, resolveu empurrar uma nuvem de chuva para perto dos canteiros, enchendo rapidamente uma poça d’água bem diante do pequeno botão que, no mesmo instante, viu-se refletido num espelho...
Como num passe de mágica, empertigou-se. Como que movida por um certo constrangimento, a pequenina rosa afastou-se das belas e singelas margaridas, numa declarada atitude de superioridade nunca demonstrada antes.
Vendo aquilo, o vento suspirou resignado.
Na realidade, a verdadeira simplicidade não é a ignorância do que somos, mas a consciência de que somos, todos, apenas diferentes uns dos outros.
E é essa diferença que faz de nos um ser singular,unico,
mais e na simpliscidade do ser que encontramos a perfeição,
e nos tornamos e um ser muito melhor.