JANELA

Da janela vejo o dia vejo a noite

A cada manhã

Nova vida, novos amores

Da janela ouço sons das vozes alteradas

De uma vida apressada

Da janela entra o ar

Que vem a minha vida resfriar

E os meus pensamentos fazer voar

Da janela para cá

Da janela para lá

Há muitos caminhos a trilhar

Com um brilho estatiante

Sempre está a me olhar

Tentando me invejar

Por só vê-la do lado de cá

A distância me separa

O coração me prende

Mas o pensamento viaja

Para um lugar distante

Manhãs perfumadas

Sons tranquilizantes

De uma vida desconhecida

Me chamando para ser amante

Estradas não trilhadas

Por quem não aprendeu a andar

Que sempre esteve pressa do lado de cá

A janela continua no mesmo lugar

Me mostrando sempre que é possível ultrapassar

Mas fico eu apenas a contemplar

O céu que existe lá

A incerteza do viver

Me impede de conhecer

Quem estará a me esperar?

Quem me ensinará a olhar a janela com outro olhar?

Romper a distância

Superar o medo

Desfazer as dúvidas

Arriscar...

A cada manhã...

Nova vida, novos amores

Onde da janela vejo o dia vejo a noite...

Fernanda Alves

Fernanda A Fernandes
Enviado por Fernanda A Fernandes em 01/07/2009
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T1677573
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