CONFIDÊNCIAS II

Mirando ao longo da visão que me proporciona a janela de minha sala, vejo os montes que circundam minha Vila... Na primavera, o velho pé de Ipê veste-se amarelo, o ouro em contraste com o verde pasto e o azul do céu... A exuberante beleza, ora oculta, espera pacientemente o tempo de desabrochar. Este é o exato limite dos meus horizontes agora, nesse instante.

Sei bem de quanto tudo pode ser relativo à forma como se olha para esta vida. Há coisas no entano, quero acreditar, não mudam...

A essência de alguém tão belo, tão único, singular, por maiores que sejam as vicissitudes e as peças que nos preguem o destino, não posso admitir sofrer mudanças tão radical a ponto de tornar-se outro ser.

Minhas palavras hoje talvez nao demonstrem esse encanto que me referi acima. É que estou tomada de um vazio imensurável na minha alma... Talvez por isso meus olhos não conseguem ver para além da visão desses montes que se erguem aqui, à frente a minha janela...!!!

Sandra Vilela (Eternellement)
Enviado por Sandra Vilela (Eternellement) em 28/06/2009
Reeditado em 09/09/2010
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