UMA RAINHA
Não é só um espaço
(nem apenas abstrato)
pois ainda tem identidade.
Há ali vasta memória,
sentimentos fortes, variados
detalhes/marcas/e fatos...
E se, naquele chão,
até rolou alguma guerra
(que possa lá ter começado)
ou alguém foi assassinado?
É, quem sabe?
Pessoas passaram/amores acabaram
e ela testemunhou suas histórias.
Se o tempo passou por ela,
e há Carolinas na janela,
ou Julianas em abertas portas
- o que importa?
Se algumas árvores jazeram,
crianças se foram/cresceram,
e até casas foram mortas,
deixando-nos densa saudade,
ainda assim segue mantendo
(embora esteja diferente)
sua concreta personalidade.
...
Uma Rua como a minha,
como a sua ou da vizinha,
carrega o tempo inclemente
(coração/corpo/e mente)
mas é sempre uma Rainha -
mesmo estando decadente.
Silvia Regina Costa Lima
25/09/2009
Cantiga deRoda
Nesta rua, nesta rua, tem um bosque
Que se chama, que se chama, Solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração
Se eu roubei, se eu roubei seu coração
É porque tu roubastes o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque eu te quero tanto bem
Se esta rua se esta rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante
Para o meu, para o meu amor passar
PRESENTE DE AMIGOS
Irineu Gomes
A Rainha está na foto
Com jeitinho de criança
Isto deve lhe trazer
Uma gostosa lembrança
A Rainha está na foto
Com jeitinho de criança
Isto deve lhe trazer
Uma gostosa lembrança
sogueira
Mesmo entre asfalto e lixo
Terra batida esgoto vil
A rua marca tempo fixo
Como rainha servil
Terra batida esgoto vil
A rua marca tempo fixo
Como rainha servil
edson gonçalves ferreira
Na janela de Edson Gonçalves Ferreira para Sílvia Regina
Não sou Carolina,
Sou moço brejeiro que, na janela da vida,
Ouvindo passos de moça bonita e nobre,
Debruça e, olhando estrelas, fala
Ciente de que elas escutam
Quando as palavras são amorosas
E sedutoras de um vassalo vosso.
Divinópolis, 28.06.09 --
Parabéns pelo poema, Edson
Não sou Carolina,
Sou moço brejeiro que, na janela da vida,
Ouvindo passos de moça bonita e nobre,
Debruça e, olhando estrelas, fala
Ciente de que elas escutam
Quando as palavras são amorosas
E sedutoras de um vassalo vosso.
Divinópolis, 28.06.09 --
Parabéns pelo poema, Edson