FRUIR O INSTANTE

(exercício poético nº 9)

"mato, devagar,

a fome que farto,

devagar,

divago,

recosto-me,

encosto os olhos

à contemplação serena

do prazer serôdio

de ter o sonho

nas mãos...

devagar,

devagar,

para que cada instante

se desdobre em séculos

e na fruição errante

me descubra em círculos...

viciantes."