Imortal...
Num ingente instante primaz,
Lançado no tempo voraz
Nasceu eterno ser audaz
Com indômito destino,
Um menino...
Logo se tornou segador de vidas
Vencendo batalhas suicidas
Nas planícies perdidas...
Encontrou na vitória
A História...
Semblante tácito, porém lauto,
Guerreava tomando de assalto
Derramando sangue do incauto...
Aos infensos declarava a sorte,
Morte...
Seu império expandia-se veloz
Conquistado pela espada atroz,
Chamavam-lhe após o nome, Feroz...
O mundo vivia momento lôbrego,
Trôpego...
Num desafio à Esperança
O Tempo buscava vingança,
Resposta à tanta matança...
O limite havia chegado,
Condenado...
O vento justiceiro iria varrer
A crueldade de todo viver,
Voltaria a letícia a recrudescer...
Presa seria numa longínqua grota,
A Derrota...
A Justiça deu sua resposta
Na sentença que foi imposta
À morte após ser deposta...
Retornou ao seu mundo
Profundo...
Restou ao executor cruel
A expiação com gosto de fel
Que a contrição tornará mel...
Descobriu ser esse homem fatal,
Imortal...