“Suicida”
(Luiz Henrique)


Um tema, uma ação ou comportamento
Em verdade uma tragédia, que sempre me intrigou
Como alguém com a vida em seguimento
Decidiu dar fim à própria vida, que será que o levou?
Logo se pensa: covardia, desespero ou tormento
Apenas o próprio sabe a verdadeira razão que cogitou

Estudam-se vários aspectos sobre o assunto
Ético, social, psicanalítico, religioso, jurídico e moral
De alguém, por vontade própria fazer-se defunto
Parece à generalidade um gesto absolutamente anormal

Me abstenho de uma análise religiosa
Já que crença é caminho, cada um que faça sua escolha
Mas manter uma vida sempre fastidiosa
Não ter a quem amar, quem te ame, ouça, apóie e acolha
Quando o dia é desespero e a noite tediosa
Daí a vida se torna infeliz, desnecessária, volátil como bolha

É na importância do convívio familiar e social
Que essa indigitada reflexão me leva a acreditar:
Que cultuar isolamento e solidão é um grande mal
Do quão imperiosa é a necessidade humana de amar
E que o melhor tempero da vida, como açúcar e o sal
É que tanto quanto seja possível, busque ser útil, se dar

Agindo assim, mesmo que só e sem ninguém
Ainda que lhe sobeje problemas, lhe falte amor ou vintém
Saberá que sua vida – se não pra você - fará falta pra alguém

E que os anjos digam amém !!!





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