ABRI VAGAS EM MEUS DIAS
Desconheço cada passo meu
os caminhos que sigo não são para deixar rastros.
E se me acabo, é certa a festa.
Abalos sísmicos em minha alma já não representam perigo,
os medos não são em mim,
nem me figuram mais.
Ando sozinho arrasto minhas correntes,
ser livre, é estar preso á vontade de não estar preso.
Abraços, são partes de mim que condeno,
são sempre dotados da vontade de repetir.
Sofrimentos? Congelei-os em meu freezer chamado esquecimento.
E já nem me lembro do rosto que vivi no passado,
O passado? Não volta, nem falta faz.
Quero presentear-me com o hoje.
O amanhã? Vazio.
Abri vagas em meus dias.