O VOLUME DE TEUS SEIOS
O volume de teus seios,
Que me incendeiam a alma
Também me provocam receios
Quando a razão me chama
Não estaria eu enfim
A pensar sem pensar
Que o prazer é o eterno sim
Quando a vida se quer afirmar?
Não estaria eu também
A andar no fio da navalha
Quando só quero porém
Queimar-me num fogo de palha?
Talvez teus seios volumosos
Mereçam qualquer sacrifício
Mas navegar por mares tenebrosos
Não é cair num precipício?
Não, não. Sofro de vertigens
E tenho horror ao incerto
Prefiro matas virgens
A vagar pelo deserto.