SOMOS ESTRANHOS

Em minutos, descobrimos e apontamos os defeitos dos outros, no entanto, passamos a vida toda sem admitirmos nossos próprios erros para corrigi-los.

Em minutos, encontramos ou fazemos planos para reformar o mundo, no entanto, não conseguimos meios e tempo de transformar a nós mesmos.

Em minutos, analisamos e julgamos nosso semelhante, negando-lhes ajuda por imaginarmos que eles deveriam ser e agir como nós.

Em minutos, observamos, julgamos e condenamos baseados apenas em nossos conceitos e valores, no entanto, nos ofendemos quando alguém fala ou aponta nossos erros.

Em minutos, viajamos através do nosso pensamento às maiores distâncias, mas às vezes deixamos de dispensar alguns segundos de atenção ao semelhante que nos interpela.

Afinal o que somos nós, além de psicólogos, juizes, deuses ou reformadores do mundo, se ante o espelho que nos mostra as rugas, tentamos cobri-las ou escondê-las com artifícios da mentira?

Mas, deve chegar à hora e um momento de reflexão, onde não vejamos apenas os defeitos alheios, porém, também possamos ter a coragem de encarar e admitir as nossas próprias falhas.

Assim, prosseguimos rumo a um destino que escolhemos, mesmo que dele não lembremos, pois esse destino passa a ser aquilo que não desejamos, por fazer parte de compromissos, e, destes, sempre tentamos nos afastar.

Somos realmente estranhos....

30/05/09

VEM

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 31/05/2009
Reeditado em 17/09/2010
Código do texto: T1624259