O Sangue Negro da Terra
*Terra nua e devastada
Cheia de pranto
Abandonada
*Seus lamentos
Só Deus mesmo escuta
Nações tornam-na alvo
*De egoísta disputa
Querem tudo dela se apossar
Detentora de tão rara beleza
*E nossa confortável morada
Qual gota azul no mar da imensidão
No firmamento permanece
*Ainda que tão ferida
Com muitas dores se mantem
Sustentando generosa a vida
*Ninguem há como defensor
Só o homem por ditador
Tentando limitar sua jornada
*Povos travam lutas
Se ensoberbessem
Pensam que dela têm a posse
*Espalham guerras
Flagelam-na toda
Despojando-a de suas riquezas
*Querem seu sangue
Até que a ela não reste nada
Do ouro negro das profundezas