Visão de Dentro
Fui chamado de moleque
por fazer muita zoeira,
cabeçudo - de água e vento
por brincar com tudo e todos,
desvairado cantador
e poeta sem cultura.
Toda a minha inteligência
e meu "eu", todo meu ser
foram, sim, diminuídos
na soberba do homem mau.
Mas eu nunca desisiti:
Fui pra frente, fui à luta,
perdoei todas ofensas
e cresci muito com isso.
Eu até pareço ser
um estoldo leviano,
mas no fundo posso ter
a certeza da verdade
e o caráter do palhaço.
Bato o pé, já não arredo!
Sou poeta, sim senhor!
Pois que culpa tenho eu
da mais tola mente alheia
não ter fé, nunca saber
que o arlequim também mui ama?
25/05/2009 12h43