Refletindo
Faceira segue em frente a sua estrada verdejante,
Cor de seda chinesa, textura fresca e esvoaçante.
A alma cálida. Fria louça sobre o mármore da mesa,
O medo atenta e enlaça a que nunca sentiu-se presa.
Olha o mar, com sutileza repousa o rosto na mão,
Como gestos ensaiados de uma harmônica criação.
Um passo leve outro pesado, um sorriso curto e fim.
Seus lábios delineados, batom perfumado, carmim.
Olha a lua, muitas nuvens, uma única estrela aparece
Por um instante não reluta e seu coração se aquece.
Desvia-se arredia pela rua segue continuamente
Nada é aprazível, o mundo todo se vê tolo e insuficiente.
Ela espera ainda, mas esperar não é sua maior virtude,
Por respostas, sólidas conquistas, mudanças de atitude.
Segue sem tanta alegria, mas chorar pode até fazer bem,
Acreditando que um dia o que muito se espera, vem...