Refletindo

Faceira segue em frente a sua estrada verdejante,

Cor de seda chinesa, textura fresca e esvoaçante.

A alma cálida. Fria louça sobre o mármore da mesa,

O medo atenta e enlaça a que nunca sentiu-se presa.

Olha o mar, com sutileza repousa o rosto na mão,

Como gestos ensaiados de uma harmônica criação.

Um passo leve outro pesado, um sorriso curto e fim.

Seus lábios delineados, batom perfumado, carmim.

Olha a lua, muitas nuvens, uma única estrela aparece

Por um instante não reluta e seu coração se aquece.

Desvia-se arredia pela rua segue continuamente

Nada é aprazível, o mundo todo se vê tolo e insuficiente.

Ela espera ainda, mas esperar não é sua maior virtude,

Por respostas, sólidas conquistas, mudanças de atitude.

Segue sem tanta alegria, mas chorar pode até fazer bem,

Acreditando que um dia o que muito se espera, vem...

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 19/05/2009
Reeditado em 28/07/2017
Código do texto: T1602065
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