Um pingo de sangue
Estou sorrindo
Estou chorando
Estou morrendo
Estou vivendo
Cada parte de mim é um elo
desfeito, quebrado, rasgado, rompido
Meu corpo chora porque dentro dele
existe uma alma que não se acalma
Que não cansa de buscar segurança
Quando a segurança é...
um laço de fita que enfeite o meu cabelo
um beijo estonteante da mãe amada
um sorriso alegre da criança
que sempre, sempre, me remete a tudo
a tudo
quanto já vivi
Não terei eu vivido eternamente e
já chegou a hora de dizer adeus?
Oh! Mas como ser eterno se se parte
Quando se quer?
Não.
Porque há planos que não mudam
mesmo se quiséssemos
Por isso deixo aqui o meu canto
Que serve de acalento para o meu pranto
Sei que essas palavras não serão lidas
Por isso as entrego
ao vento...
16 de maio de 2009