QUE SERÁ DE MIM


Navego numa imensidão,
onde as águas refletem solidão.
E aos poucos as mesmas águas
invadem meu pensamento.  

Que será de mim,
se já não tenho mais a ti.
Fui jogado as traças, ignorado
por causa da tua incompreensão.

E quando tudo já
encontrava-se perdido, voltasse
para me castigar, alegando ter
por mim compaixão.

Meu Deus, que ingrata
fora essa tua indignação
que tanto, tanto, maltratara
esse meu pobre coração.