RAZÃO OSCILANTE
RAZÃO OSCILANTE
Juliana S. Valis
Quando a razão derrapa pelas estradas de um sonho,
Como um carro desgovernado pelo coração,
Você sabe a fronteira exata entre o sim e o não ?
Nos dias que se vão, você se sente alegre ou tão tristonho ?
Como você descreveria a alma sem uma emoção ?
Além do dia, você revelaria seu olhar medonho
Refletido no mar profundo de outra dimensão ?
Pois há tanta vida quanto há mistério,
Entre o pranto e o riso, onde a verdade está ?
Escorregando pelas estradas de um sonho sério,
Entre tudo e nada, entre o céu e o mar ?
Será que mudo segue nosso sonho, enquanto
A realidade nos prega inesperadas peças,
Sem que o tempo revele luzes de um encanto,
Sem que o vento veja dúvidas como essas ?
Sim, há tanta vida quanto há mistério,
Entre o pranto e o riso, certa razão está
Oscilando pelas estradas de um sonho sério,
Entre tudo e nada, entre o céu e o mar.