Teatro da Vida...

É fel, pois sei, o sinto arder

E por muito sinto seu ardor a por nódoas

Garganta a baixo a impossibilitar meu balbucio final

Pobre pai, uma vez disse:

Filho... Virtuoso serás quando souberes trazer consigo

Como companheira fiel à paciência

E trazeres consigo virtuosa compreensão

Para distinguir o momento em que deves falar

No momento em que devias permanecer calado

Um dia segue ao outro, pois a natureza assim nos destina e reserva.

Mas ainda assim nada no mundo que nos cerca

Faz-me obrigado a permanecer ausente

Mesmo lembrando-se de meu pai

E das coisas que aprendi durante sua

Tão saudosa e feliz permanência aqui.

Fará-me momento algum,

Ser ninguém ou ser visto por outrem

Como Zé ninguém...

Ei de calar-me quando ignorante e falar quando perceber em mim

Confiança necessária de sabedor e doutor

Sobre minhas ousadas explanações ou indagações.

Na sublime confiança, do que sou e do que represento,

Do que escrevo ou do que quero dizer quando sonho, ou vivo...

escrevo, ainda assim, serei sempre eu...escrevo... Mesmo no sonho... Ainda vivo...

Busco na ilusão dos sonhos a irreal verdade,

Sonho justo na concretização sublime

De minhas orações... Sonho muitas vezes de olhos abertos

Mesmo que insones ainda assim verdadeiros serão...

Pois os lembro quando abro meus olhos para o mundo,

E a cortina das minhas pálpebras se fazem teatros para um novo dia....