SuBvErsÃo

Troquei a ordem dos sentimentos

Para buscar sonhos que jamais alcancei,

Não vi o chão sob meus pés,

Não vi a razão falar por si MESMA,

Cega de tudo e de mim,

Nem pude ver a vida passar,

Insana de tudo o que se podia chamar de “normal”

Me fui...

Fiz coisas que Deus duvida, se posso dizer assim,

Tudo o que quis, foi simplesmente chegar lá,

Mas, estou aqui, prestes a um ataque de loucura,

Não desejei isto PARA mim,

Mas, busquei sem saber...

Subverti a ordem da vida,

Fui mais cruel e bandida,

nesta estrada eu perdida,

E o preço de tudo, é o da “solidão”...

É ver o mundo inteiro, me rodear,

E me sentir tão pequena e inútil,

É saber que posso partir agora,

Sem jamais, ter alcançado qualquer êxito...

E nesta marcha da vida,

Fui o que menos quis ser,

Mas, algo, ainda, me completa,

Ao saber que estou aqui,

Dona de mim... dona de mim,

Subverti todas as ordens,

Infringi todas as leis,

Sem rumo, sem rumo, me vejo aqui...

Acovardada, mas, ainda, dona de mim...

Meus sonhos, soinhos retardatários,

Meus sentimentos, parasitas, sem buscas, sem nada,

Não compensa, tanta subversão,

Tanta alto confiança, tanta segurança...

Pareço estar presa, nas algemas desta vida,

Quero gritar, e não posso ser ouvida,

Vejo que o tempo passou,

E que fiz de mim, uma “SUBVERTIDA”...

E os passos que dei, nesta vida,

Foram impensados... incertos, indelicados...

Foi minha insensatez,, que fez de mim

O mais solitário e marginalizado de todos os seres,

Sinto o mundo conspirar contra mim,

Sinto que posso cair agora,

E não vejo, uma mão sequer,

Pronta PARA me segurar...

Me Vejo afundando, afundando...

Por coisas que fiz, sempre sem pensar....

Subverti todas as ordens,

Fiz dos meus sentimentos, algo que se esmaga,

Como se pegasse o coração nas mãos,

E jogasse-o fora, ao além...

Estou assim, triste, solitária,

Incapaz de acreditar que amanhã

O sol há de brilhar...

Meus pecados, foram resultados de sonhos não realizados,

Culpo a mim, autora de tantas lindas obras poéticas,

Hoje, aqui, se faz dominada,

Pelo sentimento de culpa, pelo remoço de não acreditar em mim mesma,

Mas, ainda, tenho planos,

E vou tentar subverter, “minha própria subversão”...

E tomar novamente meu coração para mim,

Para que eu possa amar, e sonhar...

Meu coração não poderá pertencer A NINGUÉM

Se dentro de mim, não puder mais bater...

Esta é a culpa da minha subversão.......

Del Dias
Enviado por Del Dias em 04/05/2009
Código do texto: T1574744
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