Como eu pude
Onde está o chão dos meus pés, onde foi parar.
É justo matar um sonho, depois de tanto lutar?
Quantas lágrimas pagarão o preço do passado,
Antes morrer na luta, do que viver sem ter lutado!
Não haverá algo tão grande pra suprir o vazio que ficou,
A vida toda pareceu perfeito, mas se foi como o verão,
E só o frio restou, a tarde caiu derradeira, a lua brilhou,
Mas os olhares não olhavam mais na mesma direção.
Sábias palavras onde esconderam a sua adaga cortante,
Suas laminas afiadas que me penetravam a todo instante.
Em que sorriso frouxo eu as deixei escapar, como eu pude,
É justo que venham cobrar, o destino não mais me ilude...