POESIA

Uma tanto amarga minha poesia. Que falarei entre linhas recheadas de rimas, sobre a dor e paixão se nos quatro cantos do mundo morre a esperança? Livrai-nos do mal diz a oração, digo mais, ensina-me a entender o bem, o valor que todo mundo tem. Um tanto passado esse poema, parece largado, jogado ao canto de quarto sujo, fétido e frio. Mas como olhar pela janela e vislumbrar um sol entre vômitos de aviões que semeiam a morte? Como criar uma paixão que sucumbi no nascedouro sem que possa aquecer um coração esperançoso de vida? Talvez a poesia seja mais forte que a realidade e o improviso a arma sedutora de um coração carente, o improviso do amor batendo forte nos sonhos que insistimos e nas canções que criamos.

Jose Carlos Cavalcante
Enviado por Jose Carlos Cavalcante em 14/05/2006
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