Escudo
Sob essa feição glacial
de olhar quase impenetrável
esconde-se um ser delicado
que sofre, que ri e chora...
Mesmo sobre essa dissimulada frieza
Escudo criado para se proteger
Há o ser que clama por amor sem poder...
À tanto tempo abriga sentimentos reprimidos
Que até para ser natural encontra dificuldade...
É que a espontaneidade já não faz parte dos seus dias!
Aos poucos vem emergindo das profundezas do seu eu isolado
recriando novo ânimo e novos estímulos que o impulsionem para o alto
Poucos sabem dessa metamorfose interior
que ocorre dentro de tí
e que se projeta exteriormente sem muitos notarem.
Sei do que estou falando e tu o sabes também e tão bem...
Não permita que essa fênix dormite novamente em tí...
Prepara-te aos poucos para o grande vôo
O vôo de encontro à sì mesmo, despojado da solidão.
Denise Flor© - 05:05 - 14/2/2009