Relações afetivas...

Discordantes gritam

Sem eco

Como tiros

Que, secos, saem de gritos

Atônitos, afoitos, dissonantes na inexatidão

Berros sem paixão,

Vida errante

Sem instante para afeto

Seja de sangue,

No instante em que louvam o egoísmo.

Cria-se abismo

Perde-se o que de legítimo

Nunca se teve

Menos com gritos

Que mais se parecem gemidos

Do individualismo abstrato

Efetivo de fato

em relações frias

Afetivas e distantes

Em versos errantes que soam em cantos

de lamento,

De Ossanha

Num afeto perdido no feto

da gestação mal compreendida da vida

vivida e morrida em instantes efêmeros

De corpo desalmado

Dos espíritos dos mortos

Que retornam e assolam minha sensibilidade...

De verdade,

Morte lenta e sofrida

Na solidão vivida por mim, a esmo,

Prefiro, mesmo,

esquivar-me dessas relações ‘inafetivas’

Distantes, cruas e retroativas

Sem vida,

Na morte lenta que sobe caos abaixo

Sob a lápide que diz,

Nesses instantes eterno-efêmeros:

"Seja feliz"

Mesmo sem saber, sem sabor

Mesmo sem o amor que rodeia o conceito

Sem respeito

Sem afeto...