O AMOR NÃO PRENDE
Quero ser apenas o mediador do que escrevo,
abomino solenemente a posse das letras
feitas de ar,
não me permito tamanha pretensão,
é preciso que os poemas se soltem aos ventos,
ganhem outra intepretação,
atravessem literalmente o filtro
de outras almas, outros talentos,
voem ligeiros por todos os cantos,
percorram as galáxias sem fim,
pois no momento que partem de minha pena,
são como pássaros livres
já não fazem parte de mim.