Sem saber
Onde está a natureza destemida de minha inspiração,
Em que canto guardei meu pranto cheio de emoção,
E porque choro tanto e porque sofro tanto em vão.
Os sonhos ainda não realizados, ficaram tão dispersos,
E o tato não me permite tocar os distantes universos,
Quero somente tratar dos fatos e apagar os meus versos.
Ah! Mas a vida é tão louca e custa tão caro entender,
Há coisas que deviam ser proibidas ao saber,
Se não podemos compreendê-las por que queremos conhecer?
Se alguém pudesse me dizer quando essa busca termina,
Em que ponto a mulher cresce e deixa de ser menina,
E começa a fazer a sentido, mesmo aquilo que desatina.
É impossível responder quando nenhuma resposta basta,
Aquilo que nasce confuso, morre e a onda o arrasta,
Desfalece sem saber se está longe... Se, se esconde... Ou se, se afasta...