Sem saber

Onde está a natureza destemida de minha inspiração,

Em que canto guardei meu pranto cheio de emoção,

E porque choro tanto e porque sofro tanto em vão.

Os sonhos ainda não realizados, ficaram tão dispersos,

E o tato não me permite tocar os distantes universos,

Quero somente tratar dos fatos e apagar os meus versos.

Ah! Mas a vida é tão louca e custa tão caro entender,

Há coisas que deviam ser proibidas ao saber,

Se não podemos compreendê-las por que queremos conhecer?

Se alguém pudesse me dizer quando essa busca termina,

Em que ponto a mulher cresce e deixa de ser menina,

E começa a fazer a sentido, mesmo aquilo que desatina.

É impossível responder quando nenhuma resposta basta,

Aquilo que nasce confuso, morre e a onda o arrasta,

Desfalece sem saber se está longe... Se, se esconde... Ou se, se afasta...

Priscila Neves
Enviado por Priscila Neves em 10/04/2009
Reeditado em 28/07/2017
Código do texto: T1531628
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