Pobre de nós mortais

Olhei com um olhar distante
Para o nada
E fiquei a pensar
Porque de tão simples tudo
Sempre procuramos complicar

Temos tantos caminhos que podemos seguir
Tantas alegrias que podemos sentir
E quando podemos ser feliz
Buscamos prisões para sofrer

Medo, angustia, solidão
Por ouvir a voz do coração
Medo, angustia solidão
Por querer caminhar pela razão

Triste, carregando peso sobre os ombros
De uma incerteza, que com certeza
Tira o prazer, trás a tristeza.

Pobre de nós mortais
Que fazemos da liberdade
Um labirinto escuro pela indecisão
De tomar decisão
De pensar exclusivamente em nós
Ou pelo contrario
Preocupar com a felicidade do outro
Renunciando a nossa própria liberdade.
Acreditando em determinados momentos
Que ser feliz
É fazer o outro, renunciando a nossa.

Para esconder da angustia
Mergulhamos em tantos afazeres
Naufragamos em tantas atividades
Por não querer enfrentar a verdade
O qual escondemos a sete chaves
Ataíde Lemos
Enviado por Ataíde Lemos em 09/05/2006
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