AMARGO

AMARGO

Mais o trágico

Tem o gosto amargo

Das palavras incontroláveis

Dos gestos afoitos

Todos inesperados,

Desesperados,

Incansáveis.

E a tragédia,

Obriga a alma a crescer.

O corpo deixa que o mundo conduza-o.

O corpo queima,

Por lançar-se a chama de dores.

O tempo surge.

Repleto de rumores.

Abrigando segredos,

Acompanhados de pavores.

E a tragédia chega,

Modifica a vida,

Divide os mundos,

Suga as paixões,

Extermina os sorrisos,

Acaba com todas as possibilidades.

A alma cresce, completamente presa.

Presa ao gosto mais puro do amargo da vida.

ANDRÉA ERMELIN

21 DE Maio de 2004

Salvador-Bahia/Brasil

Andréa Ermelin de Mattos
Enviado por Andréa Ermelin de Mattos em 03/04/2009
Código do texto: T1521183
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