A JORNADA PARA O HAVEN DO NIILISMO

A JORNADA PARA O HAVEN DO NIILISMO

Rastros de manhã perdida

Pavimentam o caminho:

Sinto --- no gozo que não se torna exequível ---

O naufrágio dos oníricos sentidos.

Em seguida, como se entrasse o Equilíbrio

Num definitivo estado de suspensão,

A Balança de Libra pende

Para o indômito viés da fúria

Muda e eunuca

Uma vez que as pessoas que sonham horizontais mudanças

---- a concórdia, o amor, a isonomia, a livre consonância ---

Não podem desarmar a bomba atômica

Da Aids da barbárie cotidiana

Que traga o soro da vida,

Deixando a herança dantesca das alamedas da alma sombria

Qual habita a mansão da marmórea insânia vitalícia.

Enquanto este baldio poema exaro,

As engrenagens da avara riqueza de rosto velhaco

Sorvem sôfregas o tecido conjuntivo

Dos oceanos cancerados por flagelos, cansaço e pela alvenaria do vazio.

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

JESSÉ BARBOSA
Enviado por JESSÉ BARBOSA em 03/04/2009
Reeditado em 03/06/2010
Código do texto: T1520250
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