Tudo Em Seu Tempo.
A natureza nos dá na primavera tantas rosas
Como pequena amostra dos mimos que oferta
Mostra ainda, que ela é sábia e, toda prosa
Faz só provar o quanto é zelosa
Mesmo que o homem não dê valor a estes presentes.
Ao olhar as rosas dispostas num jardim que não era meu
Não me contive, tentei ajudar uma a se abrir, com as mãos
A pobrezinha, sem forças, viu o sol, porém morreu
E dos olhos da mãe natureza uma lágrima correu
Indignada por ver que eu fui tão insistente.
Mas depois que matei a primeira rosa, nunca mais
Tentei mudar o curso das coisas, das vidas
Aceito apenas o que o mestre tempo faz
Tentar engana-lo é fatal, ele é sagaz
Deixe então tudo acontecer naturalmente.