MAR DE SENSAÇÕES
Para não me afogar no meu mar de sensações
Saio rabiscando a minha mente em suas vertentes
Que em declives preenchem todo espaço existente
Derramando-se no papel para desafogar a mente.
Cada sensação é uma cascata de emoção pertinente
Que se transfiguram em cachoeiras de águas, ás vezes,
Límpidas, noutras turvas, confundindo o meu entender...
Em ciclones rodopiam aos meus olhos que não querem vê.
Molham o papel ficando transfigurado por minha emoção
Maleável que confunde meus sentidos que sentem e se
Enrolam sem ter direção certa de chegar ou ficar...
Sei, tudo são confusões de uma mente que vive a pensar.
E neste mar inesgotável de pensamentos em meu teto
Busco vazão que me mostre a razão de tamanha falta
De ordem num espaço tão pequeno que deveria ser
Arejado e bem ordenado conforme o meu querer.
Mas querer não é poder... bem que poderia ser.