MAR DE SENSAÇÕES

Para não me afogar no meu mar de sensações

Saio rabiscando a minha mente em suas vertentes

Que em declives preenchem todo espaço existente

Derramando-se no papel para desafogar a mente.

Cada sensação é uma cascata de emoção pertinente

Que se transfiguram em cachoeiras de águas, ás vezes,

Límpidas, noutras turvas, confundindo o meu entender...

Em ciclones rodopiam aos meus olhos que não querem vê.

Molham o papel ficando transfigurado por minha emoção

Maleável que confunde meus sentidos que sentem e se

Enrolam sem ter direção certa de chegar ou ficar...

Sei, tudo são confusões de uma mente que vive a pensar.

E neste mar inesgotável de pensamentos em meu teto

Busco vazão que me mostre a razão de tamanha falta

De ordem num espaço tão pequeno que deveria ser

Arejado e bem ordenado conforme o meu querer.

Mas querer não é poder... bem que poderia ser.

Fátima Feitosa
Enviado por Fátima Feitosa em 25/03/2009
Código do texto: T1505862
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