Ser um quase tudo

Chuva de flechas na escuridão.

Flechas fosforescentes

Desnutridas de um sentido

Deixadas ao vento.

Nomes misturados na areia

Deixados em ser próprios

São nomes esquecidos e sedentos

Letras envelhecidas a luz do sol.

A informação abandonada

Perde o sentido em segundos

Mas a lembrança de fatos

Reconstrói decisões inéditas.

Experienciar o inédito

É combalir o desconhecido

Consentir os desentidos

Constranger o constituído

Somos a estrela de nós mesmos

A esfinge denunciada

Feixe de idéias em fibras óticas.

Vida que vive a nossa existência.

Cacotimia

Ser tudo isso

Sem poder sentir.