Vou em Paz
Vou em Paz
As mãos trêmulas, mal se espalmam em orações.
Os olhos turvos, pouco ou nada vêm das sombras.
Os clamores da juventude, não os ouço mais.
As palavras saem já acanhadas, sorrateiras.
Os pensamentos se confundem,
Entre o agora e o outrora.
Dos amores, morri por cada um.
Das paixões, vivi por todas.
Saudades, deixo-as a quem quiser.
A morte, não temo mais.
Parto em paz.