Vou em Paz

Vou em Paz

As mãos trêmulas, mal se espalmam em orações.

Os olhos turvos, pouco ou nada vêm das sombras.

Os clamores da juventude, não os ouço mais.

As palavras saem já acanhadas, sorrateiras.

Os pensamentos se confundem,

Entre o agora e o outrora.

Dos amores, morri por cada um.

Das paixões, vivi por todas.

Saudades, deixo-as a quem quiser.

A morte, não temo mais.

Parto em paz.

Claudio De Almeida
Enviado por Claudio De Almeida em 23/03/2009
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