Binômio

Um não que é dado

sem nenhuma razão

Padece como sendo

tão ruim e leviano

Quanto um sim

à fome do leão

Eis os fiéis traços

do homem mediano

Presos na ótica

D´uma curta visão

A ponta do meio

faz o que é humano

Nada faltando,

estende-se a mão

Fazendo disso

ar puro e cotidiano

Pois o equilíbrio

não é mera ilusão

Erros em série

eternizam o dano

Te espera o justo

n´outra estação

O sim e o não

Sempre dão

Chave ao engano.