A ESPORÁDICA MAJESTADE DO INCOMUM

Há dias que a retina não controla

A projeção de imagens.

Há dias que a urina infunde

Á leve menção do simples laivo da vontade.

Há dias que a doce e inócua brisa

Escalavra cruelmente a face.

Há dias que a noite

É contínua manhã incólume: a aderente Paisagem!

Há dias que a Escuridão é a alameda

Onde reside a foz de toda a universal verdade.

Há dias que o dia

Aparenta ser fluxos e refluxos de miragem.

Há dias que o Poema

É o mais etéreo plenilúnio da Vacuidade

Há dias que a latitude e a lembrança

São o mais edaz epicentro da saudade.

Há dias que o ser concreto

São os sortilégios de Mérlin, Iemanjá,

Baco, Amon-Rá e o Hades.

Há dias que o Poeta

É corpo sem Verve, a terra sem Verbo: A Vácua Viagem!

Há dias que a guerra

Sucumbe ao sopro do vento da Amizade.

Há dias que a Porta

Não é uma mera passagem.

Há dias que o sofrido povo

Não é miríade e sim, O Principal Personagem.

Há dias que a Poesia sonha

O sonho de ser o Graal da IGUALDADE!

JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

JESSÉ BARBOSA
Enviado por JESSÉ BARBOSA em 20/03/2009
Reeditado em 02/06/2010
Código do texto: T1495949
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