PRETO NO BRANCO
Madrugada
temporária lucidez
insensata
ata, desata
crua solidão...
Dou-me asas
e o preto lápis
borra o papel
branco...
Solto palavras
amarro-as no canto...
Revolto,volto
amasso a folha
entrego às traças
e tudo não passa
de um grande borrão
olho ao redor
aborto meu pranto
adormeço exausta
lápis e papel no chão!