FUTIL

Meu coração
Tem um amor
que sofre como um refrão
Que nasce num peito
E assume o amargo sabor da ilusão
Tem espaços vazios e ocos
Que me sustenta em versos
Tem verbos e idéias e coisas
Que acha que é fosco
E quando bate com força
Crava o dente em meu peito
Liberando uma partícula
De tudo que pensei ter direito
Meu coração,
Tem cada mania
Que fica sempre a sonhar
E quando acordo
A realidade está ali para me assustar
E quando me noto calado absorto
Em um sentimento inútil
Meu coração lamenta
E me chama de fútil.
luiz machado
Enviado por luiz machado em 19/03/2009
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