" Homo Primapiens "

Na busca constante de meu estado pacífico

Me animo, desanimo, reanimo

Busco a naturalidade na simplicidade das coisas

Fecho os olhos, me arrepio e encontro meu próprio eu

Vou pulando entre os galhos da "selva de pedra"

Que ficciona e anestesia o homo sapiens

Atrofiando sua sapiciência de acordo com a sua aceitação

Mas no mundo há os não selvagens também

Onde está a paz, o amor, a verdade?

Nas coisas não abstratas a procura sempre é maior

Pensa-se "cerebralmente"

Age-se "animalmente"

E por isso a gente dificulta tanto a vida

Acha que está pensando o certo, na procura dos prazeres pessoais

E acaba alienado no labirinto mental que nos comanda

A paz está na mente

No físico eu não sinto paz ou algo transcendental

Meu pai me disse que Einstein disse:

" Meu corpo só serve para uma coisa: carregar o meu cérebro "

Gênio ou ser realmente pensante?

Minha cabeça sempre pulsante

Minhas idéias chocantes

Parece que resolveram testar todos os tambores no meu cérebro

Pra ver se o som se propaga nele

Bem, sentir a batida é um bom sinal

Meu cérebro não é um vácuo

O indivíduo e suas intimidades

Seus pensamentos secretos e suas inegáveis verdades

Suas prisões encadeadas e pensantes

Seus conceitos de loucos valores

De primata a sapiens

De despreocupado a estressante

De ignorante a deslumbrante

Parece mais a molécula no meio da bomba atômica

É pequeno e gigante

É decisivo e estático

Pode ser homem de história pra contar ou um simples coadjuvante

Duvidoso e esclarecedor

É tão complexo, tão impressionante

Mas não consegue controlar nem sua própria "caixa pensante"

" Saúde mental é saúde vital "

Paulo Hirami
Enviado por Paulo Hirami em 17/03/2009
Reeditado em 17/03/2009
Código do texto: T1492042
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