DIVAGAÇÕES
Vejo poesia na criança,
no seu sorriso, no choro.
Vejo poesia nos animais,
no espreguiçar do gato,
na fidelidade do cachorro.
Vejo poesia no agitar
das copas nas árvores,
no desenho de um galho solto
Navego em horas esquecidas
ancoradas nas marcas do rosto.
Pouso, assim, em um novo horizonte,
na paisagem que acerta
o meu mundo torto.